O 11 de Setembro nos Estados Unidos da América e no Chile




 O dia 11 de Setembro é uma data trágica conhecida por todos como o dia em que os EUA sofreram um ataque terrorista nos dois pontos mais altos da sua maior e mais famosa cidade, Nova York. Esse acontecimento marcou o início da guerra ao terror e a guerra no Afeganistão que só veio a acabar recentemente. Todos lembram das cenas dos aviões se chocando contra as Torres Gêmeas, os destroços caindo, pessoas se jogando das janelas enquanto outras choravam no chão das ruas, os discursos do Presidente George Bush ("My Fellow Americans"...) e a ida ao Afeganistão. O que poucos se recordam, no entanto, é que o 11 de Setembro também marca outra data: o Golpe Militar no Chile e a chegada ao poder do temível General Augusto Pinochet. 

 No século passado, durante o período mais intenso da guerra fria, o governo americano fazia tudo que estivesse ao seu alcance para impedir que governos comunistas (ou até mesmo apenas de esquerda) chegassem ao poder em qualquer país do mundo, incluindo as nações da América do Sul, ao passo que a União Soviética fazia o mesmo com governos de direita. Nessa panela fervente de convicção ideológica se encontrava o Chile, que havia recém eleito Salvador Allende para a presidência do país, um político com tendências abertamente socialistas, tais como a promessa de implementar uma reforma agrária no Chile e otimizar a agricultura. Não é preciso dizer que Washington não viu isso com bons olhos, para dizer o mínimo, ao passo que Moscou estava feliz em ganhar um aliado ideológico tão perto de seu maior inimigo. O Presidente Richard Nixon, portanto, junto com o resto do Pentágono, lentamente principiou a organizar um golpe de estado no Chile, o qual foi aplicado com sucesso em 11 de Setembro de 1973, terminando com o suicídio do Presidente Allende e o início de, possivelmente, a ditadura mais sanguinária de toda a América Latina, sob controle do já citado General Pinochet.

Por Guilherme Carniel

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